quarta-feira, 23 de junho de 2010

ENSINO, ESTRATÉGIA DE MESTRE

“Ora, os principais sacerdotes e os escribas ouviram isto, e procuravam um modo de o matar; pois o temiam, porque toda a multidão se maravilhava da sua doutrina.”(Mc 11:18)

Que outra palavra poderia substituir esta sublinhada acima, de forma que o texto continuasse a ser entendido claramente e sem prejuízo do seu sentido original?

Certamente, dependendo da variedade do vocabulário do leitor, algumas palavras atenderiam a essas exigências. No entanto, quero deter-me a uma só delas, aquela que penso ser a primeira na mente da maioria de nós: “ENSINO”.

No contexto vivencial de Jesus, essa palavra se tornou uma marca característica de Sua estratégia para a expansão do Reino de Deus na terra. Não foi por acaso que Jesus recebeu títulos como: “Rabi e Mestre” na verdade, títulos como esses eram uma prerrogativa de poucos. Tais mestres eram instruídos desde cedo na leitura e escrita, sendo de forma geral, membros de famílias tradicionais e influentes da comunidade judaica (fariseus, escribas e saduceus).

Nesse contexto histórico-político surge Jesus, quebrando paradigmas que até então pareciam intocáveis. Ele vem de uma cidadela inexpressiva aos olhos humanos, de uma família desconhecida da sociedade, tão pouco da liderança religiosa de sua época, ainda assim se torna não apenas um conhecedor e ensinador da Lei como os demais, Jesus é aquele que esclarece, contextualiza e o mais impactante, vive o sentido real da Lei. (Mateus 5:17)

Com o ensino de Jesus, aprendemos que não basta falar sobre a Palavra de Deus no grupo pequeno, na família, no trabalho ou na igreja, Ele foi muito claro a esse respeito: “Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus. Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam. Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.”(Mateus 23:2-4) Para Jesus o ato de ensinar deve ser conseqüência natural do nosso novo estilo de vida, para Ele o ensino das Boas Novas do Evangelho através das palavras, é uma ferramenta poderosa e essencial para alcançar a nação, não devemos perder a oportunidade de abrir os lábios a tempo e fora de tempo para proclamar a razão de nossa esperança, mas podemos e precisamos ensinar sobre esse maravilhoso amor mesmo sem elas. Que o Deus Eterno continue a nos abençoar. Amém!

“Que sentido faz chamar Jesus de ‘Mestre’ e ‘Senhor’ para depois discordar dEle? Sua visão das Escrituras deve tornar-se a nossa visão. (…)” John Stott

Pr Joésio Gomes

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